Polícia Civil esclarece morte de motorista de aplicativo e prende principal suspeito em Santarém
19/11/2025
(Foto: Reprodução) Depoimento do delegado Rennan Viana sobre o caso.
O motorista de aplicativo João Marcos Rebelo foi morto no dia 10 de novembro, após uma madrugada marcada por consumo de álcool e desentendimentos envolvendo o desaparecimento de um de seus celulares. Segundo a Polícia Civil, João, o suspeito Isaac dos Santos Ferreira (preso) e outras pessoas estavam bebendo desde o dia 9, circulando por diferentes pontos da cidade.
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Em coletiva na manhã desta quarta (18), o delegado Rennan Viana disse que a motivação do crime foi uma acusação feita pela vítima contra Isaac. João deixou que alguns conhecidos usassem seu carro para comprar gelo e cigarros, mas, ao retornar, percebeu que seu celular de trabalho — um aparelho Motorola — havia sumido. Ele passou então a questionar os presentes, especialmente quem esteve dentro do veículo. Todos negaram ter pego o aparelho.
O grupo seguia bebendo na área da obra localizada em frente a um restaurante, quando parte deles decidiu ir para uma festa em uma chácara. João, incomodado com o sumiço do celular, inicialmente se recusou, mas acabou convencido a entrar no carro. No entanto, durante o trajeto, o veículo desviou para uma área próxima a uma cervejaria, onde a agressão começou.
Motorista de aplicativo que estava desaparecido foi encontrado morto em Santarém
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Segundo a investigação, João estava mais embriagado que Isaac, o que teria facilitado o ataque. A violência começou dentro do carro, deixando sangue no painel, no teto e na porta do motorista.
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito tentou limpar o veículo com álcool horas depois, mas as manchas permaneceram. O carro foi abandonado na madrugada seguinte, em frente à Uepa, onde João estudava.
A Polícia Civil aponta que Isaac retirou a vítima do carro, arrastou-a pelo asfalto e a matou com golpes na cabeça utilizando pedra ou pedaço de madeira. O corpo foi encontrado às 23h50 do mesmo dia 10.
Delegado Rennan Viana explica detalhes sobre o caso
Luiz Henrique Nunes/g1
Durante as investigações, a polícia esclareceu que o homem inicialmente apontado como suspeito — identificado como Fábio — não teve participação no homicídio. O nome dele apareceu nas investigações como suspeito por causa do telefone do motorista de aplicativo. Segundo Fábio, o próprio João havia entregue o aparelho a ele, dias antes, como garantia de uma dívida. A polícia confirmou essa versão.
Após o crime, Isaac teria voltado a circular com o veículo, ido a uma farmácia 24 horas comprar álcool para tentar limpar o sangue e ainda deu carona a duas conhecidas antes de retornar a um ponto de encontro no Mirante do Saubal. Por volta das 6h da manhã, ele jogou o iPhone da vítima na rua, aparelho que também foi recuperado.
“A gente tem comprovado que o Isaac dos Santos Ferreira, que foi preso, tirou a vida do João Marques devido a essas acusações que ele era o suspeito de ter levado o celular dele (vítima)”, disse o delegado Rennan Viana.
As imagens de monitoramento mostram o carro sendo abandonado por Isaac no dia 11, reforçando a linha investigativa. O conjunto de provas, depoimentos e registros sustentam a conclusão da Polícia Civil de que a discussão pelo celular desaparecido desencadeou o crime.
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